Plantas Venenosas

As plantas venenosas ou tóxicas possuem elementos nocivos aos seres humanos e a outros animais, sendo muitas delas até mesmo letais. Essas plantas são venenosas por apresentarem princípios ativos que são capazes de causarem graves intoxicações se ingeridas e irritações na pele quando tocadas.
Existe uma variedade de plantas tóxicas sendo muitas delas pertencentes à família das Apiáceas, como a Cicuta. Deste tipo de planta é possível extrair uma toxina mortal que, se ingerida, leva a um óbito instantâneo.
Os venenos de vegetais podem ser ingeridos sem causar morte, porém causam sérias lesões em órgãos vitais como o cérebro, coração e pulmões. Podemos citar como venenos vegetais deste grupo a morfina, nicotina, ópio, cocaína, entre outros, que são conhecidos como narcóticos.
Há mais de cem plantas venenosas que são extremamente perigosas, que nem se pode tocar e cuidados são essenciais quando existe o desconhecimento do potencial tóxico de algumas espécies.

Exemplos de plantas venenosas

Daturastramonium

datura stramonium

Datura stramonium: Este tipo de planta possui flores brancas em forma de trombetas, de branco para púrpura, sendo na maioria das vezes confundida com lírios. Suas folhas chegam a atingir 20 cm de comprimento. Seu fruto é uma cápsula espinhosa com quatro gomos, sendo cada um contendo uma semente. Esta planta é venenosa em todas as suas partes e ao esfregar suas folhas percebe-se um odor intenso e fétido. Os sintomas provocados por esta planta são boca seca, diminuição das secreções, vermelhidão e secura da pele, hipetermia, dificuldade de micção, alucinações, tonturas e câimbras.

    TINHORÃO VÁRIAS ESPÉCIES






   tinhorao
Caladium bicolor Schott: Conhecidas como tinhorão, tajá, taiá, e caládio, essa planta pertencente à família das Araceae são tóxicas em todas as suas partes. Os sintomas provocados pela ingestão e o contato desta planta causam inflamação da garganta e da boca, edema de lábios, língua e palato, sialorréia, cólicas abdominais, náuseas, vômitos e edemas nos olhos.

Comigo-Ninguém-Pode

Comigo-ninguém-pode
Dieffenbachia picta Schott: Popularmente conhecida como comigo-ninguém-pode e pertencente à família Araceae, este tipo de planta possui toxidade em todas as suas partes. A ingestão e contato desta planta provocam irritação das mucosas, edema de lábios, língua e palato, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, em contato com os olhos causam lesão e 

ANTÚRIO - Anthurium
 

FAMÍLIA: Araceae
NOME CIENTÍFICO: Anthurium spp
NOME POPULAR: Antúrio
PARTE TÓXICA: Toda a planta
PRINCÍPIO ATIVO: Oxalato de cálcio
SINTOMAS
A mastigação da sua folha provoca irritação e edema nas mucosas da boca, faringe e laringe. Nos casos mais graves, pode causar náuseas e vômitos, sensação de queimação, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia; o contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
TRATAMENTO
O tratamento inicial dos sintomas é feito com a ingestão de leite e água e medicação sintomática.
DESCRIÇÃO BOTÂNICA
Planta perene, semi-herbácea, com 0,30 a 1,0m de altura. A folhagem é ornamental, com folhas grandes, verdes. As inflorescências são espigas, protegidas por folhas modificadas (espata) de cores diversas (vermelha, rosa ou branca)
A flor do antúrio, na verdade, é bem pequena, alcançando o tamanho da cabeça de um alfinete. A parte colorida e exótica, que normalmente achamos que é a flor, na verdade é uma inflorescência, ou seja, o conjunto formado pela espádice - espiga onde brotam as minúsculas flores - e espata do antúrio - a bráctea colorida, ou a folha modificada. As verdadeiras flores do antúrio são os pontinhos amarelos que brotam na espiga. ORIGEM: América Central e do Sul

AROEIRA - Lithraea brasiliens March 

FAMÍLIA: Anacardiaceae.
NOME CIENTÍFICO: Lithraea brasiliens March.
NOME POPULAR:pau-de-bugre, coração-de-bugre, aroeirinha preta, aroeira-do-mato, aroeira-brava.
PARTE TÓXICA: todas as partes da planta.
PRINCÍPIO ATIVO: os conhecidos são os óleos voláteis, felandreno, carvacrol e pineno.
SINTOMATOLOGIA
A síndrome inicial de hipersensibilidade aparece cerca de 24 a 48h após a exposição.Os componentes alergenicos responsáveis por estas reações estão dentro de um grupo de substâncias chamadas “ urushiois”. Os sintomas são: queimação, eritema e prurido intenso, seguido do desenvolvimento de vesículas. As lesões aparecem primariamente nas áreas expostas, podendo ocorrer lesões secundárias nas genitálias ou em outras áreas(Ellenhorn & Barceloux, 1988).
Os urushiois são encontrados em canais resiníferos contidos nas folhas, caules e raízes. Eles não escoam para a superfície, e a exposição destas substâncias requer trauma da planta
TRATAMENTO
Em casos simples, a aplicação de anti-sépticos suaves é suficiente para o tratamento, visto que a dermatite é autolimitante e desaparece com duas ou três semanas. Casos mais graves exigem a administração de anti-histamínicos e corticóides. A regressão do quadro toxicológico nestes casos é mais lenta, devendo-se controlar o aparecimento de possível infecção secundária (Ellenhorn & Barceloux, 1988; Schvartsman, 1979).
DESCRIÇÃO BOTÂNICA
Arbusto ou árvore pequena, 7m de altura, caule tortuoso e casca pardo-vermelho-escura, muito fendida. Folhas alternas, alado-pecioladas, compostas, com três a cinco folíolos sésseis, oblongo-espatulados, coriáceos, glabros. Flores verde-amareladas, pequenas, pubescentes, dispostas em panículas. Fruto drupa globosa branco-esverdeada.
ORIGEM: Brasil
 
SAMAMBAIA - Pteridium aquilinum (L.) Kuhn 
FAMÍLIA: Pteridaceae
NOME CIENTÍFICO: Pteridium aquilinum (L.) Kuhn (Sinonímia: Pteris aquilina L.)
NOMES POPULARES: samambaia, samambaia-brava, samambaia-do-campo, samambaia-tóxica, samambaia-venenosa, samambaia-das-taperas, pluma, pluma grande, bracken (em inglês)
PARTE TÓXICA: Folhas
PRINCÍPIO ATIVO:: glicosídeo cianogênico, a tiaminase tipo I
SINTOMATOLOGIA
Os sintomas da intoxicação, que podem aparecer várias horas depois da ingestão são: anóxia celular (cianose), febre, hemorragia na pele (suor com sangue), distúrbios gastrointestinais: náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia com sangue, diminuição do número de plaquetas., há uma rápida perda de sangue, coma, podendo ocorrer a morte.
TRATAMENTO
Pronto atendimento, lavagem gástrica e procedimentos para neutralizar o ácido cianídrico.
Ciclo reprodutivo da samambaia
DESCRIÇÃO BOTÂNICA
Pteridium aquilinum var. arachnoideum é uma planta rizomatosa com folhas grandes de 60 a 180 cm de comprimento e 60 a 120 cm de largura, bipinadas, com as pinas profundamente lobadas e glabras ou lanuginosas, ferrugíneas na face dorsal. As folhas formam touceiras densas, ou se estendem ao longo dos rizomas. Normalmente o rizoma e seus rizóforos estão profundamente enterrados, o que permite à samambaia resistir às queimadas. O rizoma atua também como órgão de armazenamento de nutrientes, possuindo propriedades de expansão, o que facilita a colonização e a fixação da planta no solo (Atkinson 1989, Cruz & Bracarense 2004)
ORIGEM: Clima tropical

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